ruido silencioso

Palavras soltas de um ruído silencioso

11.6.05

Espelhos

Hoje, frente ao mar, vi-me reflectida neste texto:
"é sempre terrível ver um homem que se julga absoluta e seguramente só, porque há nele algo de trágico, talvez mesmo sagrado, e ao mesmo tempo horrendo e vergonhoso. Usamos sempre uma máscara, dizia Bruno, mas nunca é a mesma, porque varia em cada um dos lugares que ocupamos na vida: a do professor, a do amante, a do intelectual, a do herói, a do irmão carinhoso. Mas que máscara pomos ou que máscara resta quando estamos na solidão, quando cremos que ninguém, ninguém, nos observa, nos controla, nos escuta, nos exige, nos suplica, nos intima, nos ataca? Talvez o carácter sagrado dese instante se deva a que o homem se encontra então diante da Divindade ou, pelo menos, diante da sua própria e implacável consciência". Resistir, Ernesto Sabato

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

D&M
Penso que, mesmo que fisicamente sós, estamos sempre acompanhados da nossa capacidade de raciocinar, das nossas lembranças e daqueles que comungam o nosso pensamento.

12:48 da manhã  

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